| 
								 
								
								 
								
								
								José Franz Seraph Lutzenberger 
								
								
								 
								É o nome de registro do artista, professor e 
								arquiteto José Lutzenberger, cidadão nascido 
								alemão na cidade de Altoettg, Baviera, numa 
								sexta-feira 13, em janeiro de 1882, que se 
								transferiu para Porto Alegre com 38 anos, em 
								1920, apesar de sua naturalização ter sido 
								oficializada somente após a sua morte em Porto 
								Alegre, a 2 de agosto de 1951.
								Desde jovem, ele se interessou pela pintura e 
								pelo desenho, ainda que se tenha formado 
								engenheiro-arquiteto em 1906, pela Universidade 
								Técnica Real da Baviera, em Munique. Aliou o 
								trabalho profissional ao gosto pelas viagens, 
								desempenhando atividades de arquiteto nas 
								prefeituras de Rixford (1908), de Dresden 
								(1909), de Wiesbaden (1912/13). Também trabalhou 
								no atelier de Polivka (1910), em Praga, e no 
								atelier dos professores Reinhardt e Sessenguth 
								(1911), em Berlim. 
								
								
								Com a I Guerra, Lutzenberger interrompeu a 
								carreira para servir ao exército alemão, 
								projetando a base dos famosos canhões Bertha e 
								trabalhando no comando da 6ª Companhia Bávara de 
								Pioneiros, com a qual participou de combates na 
								França e na Bélgica. Durante os períodos de 
								trégua realizou inúmeras aquarelas e desenhos 
								com cenas da vida militar e paisagens – das 
								quais 50 estão no Museu Militar de Munique. 
								
								Em 
								1926, instalado em Porto Alegre e atuando junto 
								à construtora Weis & Cia, casou-se com Emma 
								Kroeff, com quem teve os filhos Maria Magdalena, 
								Rose Maria e José Antônio. Além da arquitetura, 
								com obras como a Igreja São José (na Alberto 
								Bins), o Palácio do Comércio e o Orfanato Pão 
								dos Pobres, dedicou-se à vida acadêmica no então 
								Instituto de Belas Artes da UFRGS, como 
								professor de Geometria Descritiva, Perspectiva e 
								Sombras, a partir de 1938. 
								 
								Homem culto, sempre pintou e desenhou por 
								prazer, recusando a denominação de artista e 
								esquivando-se de exposições – a exceção foi a 
								exposição da série de aquarelas sobre o 
								centenário da Revolução Farroupilha, em 1935 – 
								obras mostradas em 1985 pelo Museu Universitário 
								da UFRGS. Tanto que a primeira individual em 
								galeria de arte foi realizada somente em 1977, 
								pela extinta Oficina de Arte, embora sua obra 
								tenha sido mostrada no ICBNA em 1955, na SEC em 
								1960, no Instituto dos Arquitetos em 1966, pelo 
								Círculo Militar em 1972 e na Galeria de Arte do 
								Clube do Comércio em 1981.  
								 
								(Extraído do 
								Catálogo da Exposição "José Lutzenberger – O 
								Universal no Particular",  
								no Espaço Cultural BFB, 
								1990, Porto Alegre/RS.)  | 
				
				 
				 
				 
				
				  
				 
   |